quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

caracterização do território brasileiro - exercícios

Caracterização do território Brasileiro
Com base nos questionamentos abaixo, elabore um texto dissertativo com introdução, desenvolvimento e conclusão
 1) O Brasil é o quinto país mais extenso no mundo com 8, 514 milhões de Km². Indique vantagens e desvantagens (sociais, políticas, econômicas, etc) para o país relativo à sua grande extensão territorial.

2) Indique vantagens e desvantagens (idem acima) para o país relativas ao seu extenso litoral de 7.408 km.

3) Conceitue Amazônia Azul e explique a importância econômica das 200 milhas marítimas.

4) O Brasil encontra-se no centro do território sul-americano (com cerca de 47 % do total) e faz fronteira com quase todos países da América do Sul, perfazendo um total de 15 719 km de fronteiras com países vizinhos. Aponte vantagens e desvantagens desta situação.

5º) Aponte vantagens e desvantagens naturais e econômicas relacionadas a distribuição do território brasileiro no sentido Norte-sul.

Esquema do texto
1º parágrafo (introdução)
O notório crescimento econômico e social apresentado pelo Brasil nos últimos anos pode ser associado às características geográficas de seu território. Dentre estas características destacamos: o extenso litoral e fronteira terrestre, dimensões continentais, distribuição territorial no sentido Norte – sul. Porém, é salutar lembrar que, para o aproveitamento do potencial positivo destas características, se faz necessário identificar e mitigar os aspectos negativos relacionados às características acima citados.
2º parágrafo
 Com relação ao extenso litoral (...)
3º parágrafo
No que se refere à extensa fronteira terrestre e limites com quase todos os países da América do Sul (...)
4º parágrafo
A nossa grande dimensão territorial e sua distribuição no sentido norte-Sul (...)
5º Parágrafo
Conclusão: No geral o que deve ser feito para minimizar os efeitos negativos e maximizar as potencialidades de nosso território com vista ao desenvolvimento econômico e social.


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

51% das universidades estaduais adotam ações afirmativas


 

Mais da metade das universidades estaduais e 42% das federais adotam algum tipo de ação
afirmativa no Brasil.

Um levantamento feito pelo Laboratório de Políticas Públicas da Uerj (Universidade do
Estado do Rio de Janeiro) mostra que 51 instituições públicas oferecem, por meio de cotas ou
de bonificação no vestibular, vantagens a alunos negros, pobres, de escola pública, deficientes ou indígenas.

Das 51 instituições, 18 são universidades estaduais. Elas representam 51% do total de 35 mantidas por Estados no Brasil. Das 53 universidades federais, 22 têm ações afirmativas.

Além de universidades (instituições com mais autonomia e exigência de investimento em pesquisa), há também na lista faculdades, centros universitários e Cefets.

O Mapa das Ações Afirmativas mostra ainda que as cotas --onde determinado percentual de vagas é reservado a um grupo-- são a ação mais comum. Só sete instituições públicas adotam a bonificação-- em que um candidato recebe pontos adicionais em relação aos demais, sem percentual de vagas preestabelecidas.

No caso dos negros (somatório dos autodeclarados pretos e pardos), 33 instituições têm
políticas voltadas para eles; 18, não. O critério mais utilizado é o da autodeclaração, ou seja, a cor da pele ou etnia é definida pelo próprio estudante.

Para o autor do levantamento, Renato Ferreira, é preocupante o fato de muitas instituições não adotarem o critério racial. Militante do movimento negro, ele diz que apenas o critério social --beneficiando só alunos carentes ou de escolas públicas sem fazer distinção de raça ou cor-- pode não ser suficiente para os negros.

"O sistema de cotas no Brasil foi criado principalmente para a inclusão do negro nas universidades e acabou beneficiando também outras minorias. O número de instituições que não utilizam corte racial, no entanto, cresceu. É um retrocesso. Estão flexibilizando o sistema e excluindo os negros."

A antropóloga da UFRJ Yvonne Maggie, contrária a políticas como as de cotas, discorda. "Para tornar o sistema mais justo, é imprescindível que se melhore a educação oferecida
aos mais pobres, sendo eles negros, brancos, indígenas ou orientais. O sistema de cotas é
só um atalho que não nos levará a romper com nossa estrutura altamente iníqua."

Para ela, não é correto falar em grupos excluídos das universidades. "É uma falsa questão. O Brasil é um país injusto para todos os pobres e não construiu políticas voltadas para excluir grupos específicos. Os orientais, por exemplo, têm melhor desempenho e não podemos dizer que haja aí discriminação contra brancos."

Em 2006, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do IBGE, 30,4% dos estudantes do ensino superior se declararam pretos ou pardos. É um percentual menor do que os 49,5% no total da população, mas que vem crescendo ininterruptamente desde 1998, quando representavam somente 17,6% dos alunos no ensino superior.

GOIS, Antônio. 51% das universidades estaduais adotam ações afirmativas.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u361070.shtml

Mapeamento das ações afirmativas nas universidades brasileiras

Região Sul
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (USRGS) – Oferece 20 cursos de graduação em sete macro-regiões do Rio Grande do Sul. As cotas são de critério social: 50% das vagas são para alunos pobres, que não podem ter renda mensal familiar um salário mínimo regional. Além disso, portadores de deficiência são contemplados com 10% das vagas.

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – A partir de 2008, 30% das vagas da UFRGS serão para negros e provenientes de escola pública. Os indígenas terão direito a 10 vagas em qualquer curso que escolherem, sem precisar de vestibular.

Universidade Estadual de Londrina (UEL) – Possuem 14 mil alunos na graduação, sendo 2.684 cotistas, 626 negros. A opção pelas cotas, da própria universidade, reserva 40% das vagas para quem estudou as quatro últimas séries do ensino fundamental e todo o médio em escola pública.

Universidade Federal do Paraná (UFPR) – Adotou cotas de 20% para egressos da escola pública, 20% para negros. Enfrentou 75 processos questionando-as, ganhou todos, assim como a UNB e outras.

Região Sudeste
Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) – Separa 20% das vagas para estudantes de escolas públicas, 20% para negros e 5% para deficientes físicos e minorias étnicas.

Fundação de Apoio à Escola Técnica do Rio de Janeiro (FAETEC) – Separa 20% das vagas para estudantes de escolas públicas, 20% para negros e 5% para deficientes físicos e minorias étnicas.

Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO) – Separa 20% das vagas para estudantes de escolas públicas, 20% para negros e 5% para deficientes físicos e minorias étnicas.

Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) – Separa 20% das vagas para estudantes de escolas públicas, 20% para negros e 5% para deficientes físicos e minorias étnicas.

Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) – Reservou 30% das vagas em 2006, proporção que chegará a 50% em 2008, dividida entre negros e oriundos do ensino público, independente da cor.

Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) – Separa 20% das vagas para estudantes de escolas públicas, 20% para negros e 5% para deficientes físicos e índios.

Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) – Separa 20% das vagas para estudantes de escolas públicas, 20% para negros e 5% para deficientes físicos e índios.

Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) – Reserva 40% das vagas para estudantes de escolas públicas e renda inferior a sete salários mínimos.

Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Tem cotas para negros e índios que fizeram ensino médio em escola pública. Não se trata de reserva de vagas, mas aumento de 10% das existentes.

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Adota pontuação adicional de 30 pontos para alunos de rede pública e além dos 30 pontos mais 10 pontos para afro-descendentes carentes.

Universidade Federal do ABC (UFABC) – Adota 50% de cotas para alunos da rede pública, afro-descendentes e indígenas.

Faculdade de Medicina S. J. do Rio Preto (FAMERP) – Adição de pontos para alunos oriundos da rede pública e além dos 30 pontos mais 10 pontos para afro-descendentes carentes.

Faculdade de Tecnologia São Paulo (FATEC) – Adotou o sistema de pontuação acrescidos para afro-descendentes e egressos do ensino público.

Região Nordeste
Universidade Estadual da Bahia (UNEB) – Uma das pioneiras a implantar cotas em 2003, reserva 40% das vagas a negros oriundos de escola pública, na graduação e na pós, caso único no país. Pretende que 75% da universidade sejam compostos por afro-descendentes em oito anos, índice proporcional à presença negra na Bahia.

Universidade Federal da Bahia (UFBA) – Baseada em Salvador, 45% das vagas são reservadas a estudantes de escolas públicas – 85% deles pretos ou pardos.

Universidade Federal de Alagoas (UFAL) – Cada curso reserva 20% das vagas a negros vindos do ensino médio público.

Universidade de Pernambuco (UPE) – Reserva 20% das vagas a negros vindos do ensino médio público.

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) – Adota 45% de cotas para alunos de rede pública e afro-descendentes.

Região Centro-Oeste
Universidade de Brasília (UNB) – Foi a primeira das federais a ter cotas para negros, em 2004.

Universidade Estadual de Goiás (UEG) – Implantou cotas no segundo semestre de 2005 para estudantes da rede pública, negros, indígenas e portadores de deficiência. O sistema prevê o aumento paulatino das vagas. Para ser classificado no curso escolhido, ele deve obter no mínimo 70% da pontuação alcançada pelo último classificado não-cotista.

Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT) – Adota sistema de reserva de vagas de 25% para candidatos que se autodeclararem negros.

Na Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS) – Desde 2004, alunos negros de escola pública ocupam 20% das vagas, indígenas 10%.

Região Norte
Universidade Estadual do Amazonas (UEA) – 80% das vagas são reservadas para alunos de escola pública, interioranos e indígenas.

Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRAM) – Desde 2005 reserva vagas conforme a proporção de inscritos do ensino público e privado.

Universidade Federal do Tocantins (UFT) – Reserva 5% das vagas a indígenas.

Disponível em: http://universoufes.wordpress.com/2007/10/17/mapeamento-das-acoes-afirmativas-nas-universidades-brasileiras/ (acesso em 03 de fevereiro de 2012)

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